Imóveis cada vez menores
desafiam a criatividade
Entre as mudanças de padrões ocorridas no mercado
imobiliário, nos últimos anos, a mais significativa tem sido a diminuição nos
tamanhos dos imóveis, que gera às famílias o grande desafio de distribuir
móveis e objetos necessários ao bom andamento da rotina doméstica em pequenos
espaços.
Uma decoração bem planejada pode
ajudar ou atrapalhar este objetivo, de acordo com o arquiteto Mateus José, 27
anos. “Atualmente é necessário montar um ambiente que não só seja confortável,
mas também funcional”, explica.
Segundo o arquiteto, antes mesmo de
comprar os móveis e objetos de decoração, é importante pensar na circulação
adequada que um ambiente deve ter. Grandes tamanhos de camas e exagerados
pedidos de armários não deixam espaço para as circulações laterais, tão
importantes para quando levantamos durante a noite.
“Quem nunca tropeçou em um ambiente
apertado ou quase deixou o dedinho do pé na base de um móvel? É isso que
precisamos evitar na hora de planejar um ambiente”, alerta.
Já para o arquiteto e urbanista Valter
Felix, é imprescindível aproveitar ao máximo cada espaço disponível. Para ele,
o importante é adquirir móveis e objetos que se encaixem no ambiente, ao invés
de tentar adequar o cômodo aos móveis que se deseja comprar.
Entretanto, se o morador já possui
objetos de outros ambientes que queira utilizar na decoração, Valter recomenda
aproveitar ao máximo a área vertical do espaço, acomodando itens de decoração
em prateleiras, nichos e armários altos.
Multifuncionais
Atualmente, existe uma diversidade de
móveis com mais de uma função no mercado - bancos que viram mesas, camas com
nichos, mesinhas de centro que escondem gaveteiros e baús, que, por sua vez,
viram pufs.
“Mas não se esqueça de que ele tem
que, antes de tudo, ser fácil de usar. A partir do momento em que o móvel
atrapalha a funcionalidade do cotidiano do morador, ele perde seu sentido”,
alerta Valter.
Fonte: http://www.jornalacidade.com.br/lazerecultura